Excursão, Parque, c. l960.
Fototipia animada de A. n/id., in Portimagem.
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Excursão, Parque, c. l960.
Fototipia animada de A. n/id., in Portimagem.
Dum provável erro na datação do comboio de tropas na Régua (G. Woods, 1974) fui alertado pelo benévolo leitor João Távora, já que o logótipo moderno da C.P. visível num vagão de carga no lado esquerdo da fotografia só teria sido usado de 1981 em diante. Com vaga memória, eu, mas crendo que sim (lembro-me muito do logótipo antigo em comboios e estações, com o C comprido e o P de perna curta formando como uma elipse, e do seu contrastante moderno se lhe ir sobrepondo — tinha sentimentos mistos sobre qual preferia) dei nota ao Sr. Woods no Flickr de poder haver um engano na data de sua fotografia. Respondeu-me ele cordialmente que não, não havia dúvida, porquanto a única vez que viera a Portugal fora naquele ano de 74, que as suas belas fotografias documentam.
Realmente — por acaso ou não — ainda ontem ao almoço me preguntou o meu bom Amigo e confrade Plúvio se o meu pender em que o logótipo mais moderno da C.P. devesse com boa probabilidade ser posterior a 74 era certeza comprovada ou uma vaga ideia minha. Ao que lhe respondi ser a segunda hipótese, com que me parece se convenceu, mas com que acabei afinal polo induzir em erro, desgraçadamente!
Dizia acho eu que Fernão Lopes que em cousas muito antigas, certidão não podia haver. Mas estamos aqui falar de há menos de meio século!…
Coisa fraca, a memória da gente. Engana-se mais depressa ela mesma do que aquilo que se deixa enganar…
Ora, para pôr finalmente a verdade nos trilhos venho agora aqui com a capa e o rosto do Boletim C.P. do primeiro trimestre de 1974 que o muito estimado confrade Manuel do H Gasolim Ultramarino, atenta e graciosamente, me presenteou ontem à tarde.
Não há nada como sem dúvida.
Boletim C.P., n.os 535/537 — Janeiro-Março de 1974.
(Gentileza do confrade Manuel.)
9 = um (anúncio de dias e Daimlers Fleetlines), in Gazeta dos Caminhos de Ferro, 1897, 1/1/1967, p. 368.
A censura era tramada. O falecido baladeiro José Branco cantou a liberdade e teve certa «canção proibida» porque mencionava qualquer coisa a propósito de um soldadinho que não regressara.
Os não soldadinhos desertores regressaram todos. Coisas de exércitos de fujões sempre a bufar que a luta continua.
Comboio de transporte de tropa, Régua, 14/4/1974 17/IV/1974.
Jorge Woods, in Flickr.
José Hermano Saraiva, A História continua.
(Horizontes da Memória, R.T.P., 16/XI/1997.)
O artigo refere o Freitas. Mas diz muito, muito mais do outro. Um medíocre que antes de ser tomado por acaso numa esquina da História, que o projectou, andava já — só Deus saberá como — ao colo do Estado. Desgraçada sina!
Prima o benévolo leitor a notícia para ler.
Pedro Soares Martinez, «Freitas do Amaral também se enganava… pois nunca votei em Mário Soares», in O Diabo, 8-XI-2019.
Há aquela anedota no meio aeronáutico de no «cockpit» dos grandes aviões de passageiros dever ir um só piloto, acompanhado dum cão. O piloto para pilotar; o cão para morder o piloto se ele tocar nalgum comando de voo.
Das piadas à realidade vai curta distância. Há restaurantes onde os cães entram, mas gente que fuma fica à porta.
Os animais são coisa de importância. E eu, claro, dou-lha.
Certa vez preguntaram-me umas senhoras se queria eu um gato vadio. Respondi-lhes com uma pregunta que pareceu justa: se tinham elas já preguntado ao gato se me queria ele a mim. Voltaram-me as costas sem mais, como ofendidas.
Hoje andou um juiz num tribunal de família e menores a inquirir um cão sobre se gostava mais do dono ou da dona…
Hoje, também, ouvi uma boa. A corja eleita para governar a gente prepara o homicídio por receita médica. A gente não vale nada. Já os cães…