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Bic Laranja

Bic Laranja

09
Dez05

Canoas do Tejo


Carlos do Carmo




Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que anda perdida,
Sem encontrar companheira

O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango

[refrão:]
Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem

[1:]
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra

Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixá-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo

[refrão]

[Guitarra]

[1]

Faluas no Tejo
Faluas no Tejo
Cais das Colunas (E. Gageiro)

Esta [última] aqui é do Eduardo Gageiro; as [primeiras] que ladeiam o poema descobri-as na Internete há tempos, mas não consegui agora identificar o sítio nem o autor.
Os tipos de barcos do Tejo podeis identificá-los aqui.


(Revisto: se premir nas imagens, vê-las-á ampliadas e a cores, menos a do Gageiro [3.ª imagem], que é a p/b. Respigado em 2 de Novembro de 2019 às 10h43 da noite, hora da Lisboa.)